09 dezembro 2012

Amor de estante; Amor distante.


Parafernálias na estante compõem as conquistas do puro semblante das aventuras de uma mente que transborda o prazer de viver com amor.
Ah, o amor! Sentimento vibrante que enlouquece os mais sãos desejos humanos.
Vós, nós, eles, turbulentas sensações de prazer, e de que o mundo é pouco para expressar tal vontade calorosa, as vezes simplificadas e percebidas em apenas um suspiro de distância. Distância? Adjetivo inimaginável e incalculado, dubitável. Pois nem a dramatização nas colocações dos seres contemporâneos faz com que, no fundo, deixemos de sonhar com alguém que nos dê toda aquela atenção que nem mesmo você se daria! Somos amantes do eu próprio. Amantes da auto-análise. Dizemos que somos pessoas imperfeitas, e somos. Mas contradizemos isso todo dia, tentando ser melhor do que no dia anterior. A verdade é, que queremos mais e mais. O ser humano caminha por estradas e trilhas onde as próprias armadilhas pregam peças em seus construtores. Ser feliz pra quê se podemos ser mais ricos! "Multimaterialização" do tangível, do palpável. Amor? Amor é algo que não se pode preencher na carteira! Meramente dispensável, fútil. Pensar-te-á: "- E a família! Não há amor pela família?" Respondei-vos. "- Família faz milha. Gasta-se milhas para ter algum respeito e consideração". Pobre homem terráqueo, veio de outro mundo para ter que subornar a mãe que lhe deu a vida. Mas ele provavelmente retrucará: "- Vida? Dessa vida, fiz-me sozinho, batalhei". Sim valente homem, pena que não lhe restou tempo de comprar as suas fraldas. 
Esse amor que mata, é o amor que constrói. Mata, mas não morre. Nos deixa mais forte, fortalece a alma. É o amor que lhe dá visão de olhos fechados no escuro. Não mensure o que sente por quem lhe deu a vida. Infelizmente somos perecíveis. A pureza transformada em dor, faz o amor transformar-se em pudor.

Sejamos amáveis. Sejamos simples. De complicado já basta nós. 


Pensar em si hoje, é a mesma coisa que pensar em nós ontem. Já estaremos mortos.

Pensar em ti hoje, é pensar que o amanhã pode ser o nascer de uma nova esperança. De um novo amor.

Atentem-te, as críticas são feitas por palavras. Ao criticar alguém, você também pode ser criticado. Cria-te carinho que colherás melodias.

Não siga caminhos, este já foi traçado por outrem. Cria-te o teu, e construa a sua estante.

Esperançar..

Pudera um dia acontecer, pudera numa noite acontecer.
Os dias passam, as noites entristecem. Somos feitos da nossa própria angústia. Somos feitos de ar, sem peso, sem medida, sem tato.
Buscar a esperança em um novo lugar é a aventura dos pobres e virtuosos aventureiros.
Nos limitamos a tentar entender o que irá acontecer ou ao que irá nos doer. A dor é inevitável. Sim, ela é.
Quando sorrio, sei que posso dar muito mais que uma bela sensação de paz a quem observa, sei que posso me doar muito mais.
Mas, muitos nãos me impedem. Nãos que eu nem sei. Nãos que eu não tenho certeza se sei ou se apenas pensei.
Outrora adormeci em grama, outrora outro grama me foi tirado. É esse peso que me tiram que me conforta.
Mas é esse peso que me tiram que é o que me completava.
As vezes tentamos doar parte de nós para nos sentirmos melhor e agradar quem mais necessita. Quem mais necessita? Eu, você, outroalguém, outrossim, outronão, ou.. ninguém.
A verdade é que somos eternos carentes por natureza. Pedimos. E mesmo quando não pedimos, nós pedimos. O ser humano perece a cada dia. Em sua prece esquece que ainda cresce, mas mesmo assim ainda pede. 
São esses suspiros dos meus dias, das minhas noites, que me fazem acreditar que somos ar puro. Este ardor do meu coração, são flagelos de esperanças. São apenas pensamentos.

De fato, precisamos de um tato, precisamos de uma medida. Uma medida para a nossa vida. Não similar, e sim autêntica. Agrada-vos. Apenas. Faça por si o que você faria... para si. As vezes tentamos comparar a nossa força com outrem. Engano nosso, nossa força vem de nós e ela é, e sempre será mais forte do que qualquer outro que tente comparar-te.
A solidão não é uma escolha, ela é um momento. Mesmo que queiramos ficar sozinhos, teremos alguns poucos bilhões respirando o mesmo ar.