Os dias passam, as noites entristecem. Somos feitos da nossa própria angústia. Somos feitos de ar, sem peso, sem medida, sem tato.
Buscar a esperança em um novo lugar é a aventura dos pobres e virtuosos aventureiros.
Nos limitamos a tentar entender o que irá acontecer ou ao que irá nos doer. A dor é inevitável. Sim, ela é.
Quando sorrio, sei que posso dar muito mais que uma bela sensação de paz a quem observa, sei que posso me doar muito mais.
Mas, muitos nãos me impedem. Nãos que eu nem sei. Nãos que eu não tenho certeza se sei ou se apenas pensei.
Outrora adormeci em grama, outrora outro grama me foi tirado. É esse peso que me tiram que me conforta.
Mas é esse peso que me tiram que é o que me completava.
As vezes tentamos doar parte de nós para nos sentirmos melhor e agradar quem mais necessita. Quem mais necessita? Eu, você, outroalguém, outrossim, outronão, ou.. ninguém.
As vezes tentamos doar parte de nós para nos sentirmos melhor e agradar quem mais necessita. Quem mais necessita? Eu, você, outroalguém, outrossim, outronão, ou.. ninguém.
A verdade é que somos eternos carentes por natureza. Pedimos. E mesmo quando não pedimos, nós pedimos. O ser humano perece a cada dia. Em sua prece esquece que ainda cresce, mas mesmo assim ainda pede.
São esses suspiros dos meus dias, das minhas noites, que me fazem acreditar que somos ar puro. Este ardor do meu coração, são flagelos de esperanças. São apenas pensamentos.
De fato, precisamos de um tato, precisamos de uma medida. Uma medida para a nossa vida. Não similar, e sim autêntica. Agrada-vos. Apenas. Faça por si o que você faria... para si. As vezes tentamos comparar a nossa força com outrem. Engano nosso, nossa força vem de nós e ela é, e sempre será mais forte do que qualquer outro que tente comparar-te.
A solidão não é uma escolha, ela é um momento. Mesmo que queiramos ficar sozinhos, teremos alguns poucos bilhões respirando o mesmo ar.
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