30 setembro 2013

Hoje.

Acordou. 
Sentiu-se bem a ponto de sorrir.
A felicidade do dia que ainda não viveu é suficiente para continuar sorrindo.
Sei que os momentos ruins que fora vivido não são bons de serem relembrados.
Saiu. 
Um dia comum como outros tantos. Mas este é peculiarmente mais belo.
Correu. 
Os minutos que decorrem ao longo dele são preciosos.
Não olhe para trás. O futuro está à sua frente. O passado.. bom, o passado passou. Em linha reta. Por isso, não volta mais.
Há tanto o que dizer deste dia. Mas as horas são as mesmas do dia anterior. Não! Nada é igual!
Quero lhe dizer que o hoje sempre é melhor que o ontem. Se o relógio anda para frente, é por quê nossos olhos não estão atrás de nós.
Chegou. 
O coração palpitou, acelerou, quase pulou. Mais uma hora se passou. As nuânces do dia estão distantes. Ainda sim, é belo o dia.
Retornou. 
O caminho de volta parece um flashback da imensa vida, do dia mais longo que vivera. Será que vale a pena? Claro que vale! A volta é um descanso para o próximo dia.
Dormiu. 
Nossos olhos, nossas pernas, nossa alma, vivemos uma vida num dia. O dia mais belo. De sempre em diante, caminhamos. Mas não é correto esquecer o dia que se caminhou. O que seremos amanhã é reflexo do hoje vivido e do ontem passado.
Sonhou.

05 fevereiro 2013

Humana fauna.

Quanto mais conheço pessoas, mais me afasto do ser humano.
Quanto menos enxergo os pés, mais me torno leve.
Quanto muito céu flutuo, pouco chão me segue.
Das pedras livro o peso de ser solidão.
Do ar, abraço até lhe faltar.
Bebedouro de chá, sirva-me com seu calor. Aqueça-me por dentro.
Se hoje sou penumbra, amanhã serei claridão.
Pela luz que de dia me faltou, a lua, que de noite, nunca me abandonou.
Sobra ausência em seu olhar. Falta fôlego pra te chamar.
Quanto mais sou ser, menos pessoa sou humano.
Quem muito se maltrata, quente pouco fica a casa.
Da dor da distância, a certeza que ao fundo, em teu colo posso deitar.
Se reparas minha saudade, sempre hei de lhe abraçar.
Se esconde o teu pulsar, sabes o que sentes.
Com a mão no peito choro, que por hora se afastar.
Sou eu, sou ti, suspiro de inquietude.
Da natureza me revigoro, do seu amor, apenas choro.


04 fevereiro 2013

Almejo.. ao sorrir.. vejo.

E chega a hora de sorrir.
Chega o dia em que percebemos que a batalha nunca está no fim, ela sempre está no meio, sempre esperando que você faça a diferença.
Percebemos o quanto somos chulos e incapazes de acordar para o mundo e decidir essa batalha.
Somos mais imponentes do que imaginamos. Pensamos que tudo é culpa da nossa personalidade, do nosso jeito. Pura blasfêmia. Somo melhores do que o nosso próprio ego nos mostro por dentro.
A verdade é que na cara dura somos egoístas. Falta autenticidade. Eu mesmo já sofri desse mal.
Achar que nunca seremos capazes. O momento é justamente esse. Quando nos damos conta que nada é possível, é justamente ai que tudo é possível. Caímos em si. Chutamos o balde, mas não vemos que ao chutar, sempre fica um pouco de água perto de nossos pés. Esses são os "sinais".
O ser humano erra ao achar que o amor pelo próximo resolve os problemas do mundo. Ele é só consequência. O amor deve começar por si. Ame-se e baste-se. O resto virá. Seja você virginiano, capricorniano, canceriano, taurino etc. Você é gente. O sentimento por si e pelo vós, transcende qualquer estatística ou dado astrológico. Nascemos para amar. Primeiro a si, segundo a si, terceiro a si, quarto ao mundo. Repare bem, repare como nos esquivamos das penumbras da realidade social. Repare como esquivamos os nossos olhares de todo o mal que nós mesmos, indiretamente, causamos. É uma rede. Uma rede sem fim de descaso ao semelhante. A "civilizidade" é muito mais e muito além do que o bem estar social, com seus dirigentes políticos honestos. A ambição sobre a carne material amortiza cada vez mais o amor e a essência que sempre nos permeou.
O fim é o começo que nunca acaba. Por isso, comece sempre. Nunca pense que o fim está próximo. O começo está próximo. Tratemos o fim como um novo começo. Busquemos esses sinais. A amabilidade é algo que todos tem. Por mais ranzinza que podemos ser, somos cuidadosos com o que nos é importante. Ou seja, seja importante para alguém. Amigue-se. Não espere por exemplos que te façam impulsionar a sua ação. Seja o exemplo. Não para outrem, seja um exemplo para você mesmo. O amor é um anseio. A felicidade é o cartão de visita... e o sorriso.. ele sempre chega. As vezes se vai.. mas nunca some, de alguma forma, você sempre o atrai.

03 janeiro 2013

Romance de Rosas.

Me lembro como se fosse ontem, aquele ano, onde "tudo" começou.
Onde tal vez, meu coração começou a bater e a sofrer...
Não obstante, a amar pela primeira vez.
Éramos jovens, ávidos, cheios de energia para dar.
O dia era sereno, quente, aberto. Jogos nos rodeavam.
Um olhar repentino e ingênuo foi percebido. Linda!
Não sabia o que era, apenas sabia que era!
O que lucido hoje, parece que já transbordava naquela época.
Adentrei-me no labirinto de sua vida,
Onde só o loiro dos seus cabelos me guiavam.
O que me finda hoje é parte do que comecei neste conto real: o escondido.
Queria me adentrar mais ainda em seu labirinto.
Me adentrei.
E quando me perdi, me achei e me perdi novamente,
Mas soube que ali, achei o que sou hoje.
Eu.




O Corvo da mão e do vento.

O Corvo ficou te esperando
Ele queria um abraço seu.
Por mais isolado que ele possa parecer,
O coração dele sonha todo dia por alguém que lhe dê migalhas de pão,
Mas que também lhe dê um afago com a mão.

O Corvo sabe voar.
Na solitude da vida, ele só voou para dentro de si.
E a cada piscada de olho ele se via voando,
Mas não sentia o vento.

O Corvo inventou o canto e sorriu.
Ele queria mostrar que podia merecer as migalhas de mão.

O Corvo chorou de cantar, cantou.
Cantou mais alto do que sua moela aguentava.
Ouviram-lhe.

O Corvo olhou e foi olhado.
E com A mão, o Corvo ventou.

Presente do futuro.

Chega o dia que perdemos o tato,
Perdemos a capacidade de sentir.
Não queremos que isso aconteça,
Sofremos, lutamos, perecemos.
Poucos percebem que o tato é reconstituível.
Existe o depois, existe o amanhã.
Depende de você que ele seja melhor que o ontem.

Façamos por onde, batalhemos o que queremos.
Amaremos mais, sorriremos mais e maior.
A dor nem sempre é opcional, mas ela é amparável.

Esteja ao lado de quem sabe das suas dores,
Mas que também saiba fazer elas diminuírem.

Tateie seu coração com amor.


Sorrir dói.

Do gelo veio a aurora, veio o sol.
Nos montes claros observou-se
O raio mais fino que o traço de penugem da mais bela arara azul.

O mundo se fez mundo.
No mundo nascemos.
E em pouco tempo o desfizemos.
Sorrir por sorrir é mais difícil que chorar por chorar.
Choramos para trazer sorrisos de forma fácil.
A falsidade existe por que sorrir por sorrir, cansa;
E nem sempre é autêntico.

Somos frutos da árvore das araras.
Tiramos o fruto das árvores
E tiramos a liberdade delas.
E no fim, tentamos cuidar para reparar o erro;
E sorrir.

Orvalho Nublado.

Doce Orvalho que pulveriza minha tarde com seu canto.
Traz à mim o encanto que me alegras nas manhãs de domingo.
Sou paciente, até demais.
Sou o que não valho a pena ser amado.
Mereço só o que há de doce em você.
Quero só o que não irá me afastar,
Mas ao mesmo tempo o que irá me esconder.
Colocas essa nuvem em mim
E me faça existir apenas pela chuva que cai,
Pela sombra que protege.
Oh Doce Orvalho, me ensine a existir sem machucar.